Como sempre, um lúcido e brilhante texto de José Miguel Wisnik sobre a dor e a delícia (no caso só sobre a dor) do jeitinho brasileiro, face ao desabamento no Rio.
Por que chamo a "gambiarra carioca" de "metafísica" ? Em outras palavras, porque ela está em toda parte e em nenhuma, permanecendo silenciada como uma entidade inconsciente. O meu amor tresloucado pelo Rio de Janeiro (ninguém duvide!) tem me feito persegui-la, fascinado, perplexo, e ser perseguido por ela."
O tom do trecho acima me faz crer que Wisnik fala do Rio para identificar em estágio grave uma questão que é além-carioca, brasileira.
O conceito de gambiarra carioca havia sido por ele exposto anteriormente nessa coluna acerca do desastre do Bonde de Santa Tereza.
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